«Nos Dom
Joham, per graza de Deos, Rey de Portugall, é dos Algarbes;
da aquem é da allem mar em Africa, Senhor de Guinee; vos
enviamos muito saudar. Vimos a carta que Nos escribestes: é
á boa vontade é afeizaon que por ella mostraaes
teerdes á nosso servizo, vos agardecemos muito. E cuanto
á vossa vinda ca, certo, assi pollo que apontaaes como por
outros respeitos para que vossa industra, é boo engenho Nos
será necessareo, Nos á desejamos, é prazernos
ha muito de visedes, porque era o que á vos toca se
dará tal forma de que vos devaaes ser contente. E porque por
ventura teerees algum rezeo de nossas justizas por razaon dalgumas
cousas á que sejaaes obligado, Nos por esta nossa carta vos
seguramos polla vinda, stada, é tornada que nom sejaaes
presso, retendo, acusado, citado nem demandado por nenhuna cousa,
ora seja civil, ora criminal, de cualquier cualidade. E por ella
mesma mandamos á todas nossas justizas que ó cumpran
así. E por tanto vos rogamos é encomendamos que vossa
vinda seja loguo, é para isso non tenhaaes pejo algum:
é agardecernoslo hemos é teeremos muito en
servizo.
Scripta en Avis
á veinte de Marzo de mil cuatrocientos ochenta y ocho. El
Rey. A Cristovam Colon».
|