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Índice primeros versos
A cabeça pendida docemente
A F'licidade é um colar de pérolas,
A fonte de águas cristalinas corre
A lâmpada gigantesca
A pomba o vôo descerra
A Rainha desceu do Capitólio
A uma atriz
Abre a boca mordaz num riso convulsivo
Acordo de manhã cedo
Acordo de manhã cedo,
Afora, pelo azul indefinido e largo,
Ah! esta mocidade! -Quem é moço
Ah! Ser pássaro! ter toda a amplidão dos ares
Alçando o livro colossal, ardente
Alta alvorada. -Os últimos nevoeiros
Amanheceu -no topo da colina
Amor, meu anjo, é sagrada chama
Anda-me a alma inteira de tal sorte,
Ao estrídulo solene dos bravos! das platéias,
Ao longo das louríssimas searas
Ao menos junto dos mortos pode a gente
As fulgurosas, rútilas estrelas
As papoulas da saúde
As uvas pretas em cachos
Assim loura és mais formosa
Através das romãzeiras
Avante, sempre, nessa luz serena,
Ave! Maria das Estrelas, Ave!
Bela e mais encantadora
Bela viajante dos países frios
Bem ao lado da gruta a fonte corre
Bem como uma cabeça inteiramente nua
Brancas Aparições, Visões renanas,
Bravo, prole bendita
Camponesa, camponesa,
Canta ao sol como as cigarras
Cavalheiros, os tempos já passados,
Ceci -é a virgem loira das brancas harmonias,
Chegou enfim, e o desembarque dela
Com as rosas e o luar, os sonhos e as neblinas,
Como esta luz é serena,
Como eu vibro este verso, esgrimo e torço,
Como eu vibro este verso, esgrimo e torço,
Como os audazes, ruivos argonautas,
Como um cisne, est'alma frisa
Coração, coração! a suavidade,
Cristo morreu, ó tristes criaturas,
Da mundana lida, eis que cansado,
Da música escutando preclaras harmonias
De cabelos desmanchados,
De cravos, de rosas,
De longe ou perto, juntas, separadas,
De manhã cedo os rebanhos
De manhã tu vais ao gado
De Mayseder gentil o vulto ingente
Deixai que a minh'alma escassa
Deixai que deste álbum na folha delicada
Dentre um cortejo de harpas e alaúdes
Dentro -os cristais dos tempos fulgurantes,
Dentro do coração, no côncavo do peito
Dizem que a arte é a clâmide de idéia
Do firmamento azul e curvilíneo
Do som, da luz entre os joviais duetos,
Dormir, sonhar -o poeta inglês o disse...
Dos cheirosos, silvestres ananases
É delicada, suave, vaporosa,
É um boné ideal, de feltros e de plumas,
É um chalé luzido e aristocrático,
É um pensar flamejador, dardânico
Em flácido divã ela resvala
Em junho, que é mês do frio,
Em vão do Cristo os olhos dulçurosos
Engrinaldada de rosas,
Era uma coluna de artistas!...
Ergueis ousadamente o templo das idéias
Escute, excelentíssima: -que aragens
Esse cego do harmonium me atormenta
Esta profunda e intérmina esperança
Estas risadas límpidas e frescas
Falas ao Céu, Amor! Em vão tu falas!
Fantasia, ó fantasia, tropo ardente
Fazes lembrar as mouras dos castelos,
Filha do céu, a pura crença é isto
Filha do céu, a pura crença é isto
Flor de planta aromática, sinistra,
Foi por aqui, sob estes arvoredos,
Foste à fonte buscar água
Fui aos morangos do prado
Fundi em bronze a estrofe augusta dos prodígios,
Gotas de luz e perfume,
Grande, grande Ilusão morta no espaço,
Hirtas de Dor, nos áridos desertos,
Horas de sombra, de silêncio amigo
Hordas de Anjos titânicos e altivos,
Imaginai um misto de alvoradas
Jesus, meu filho, o encanto das crianças,
Lá onde a calma e a placidez existe,
Lágrimas da aurora, poemas cristalinos
Laranjas e morangos -quanto às frutas,
Liberdade! Independência!...
Mãe de Misericórdia, sem pecado
Maio chegou -alegre e transparente,
Manhã de maio, rosas pelo prado,
Marche, marche, marche a verve!
Mendigos! Ah! são mendigos
Minh'alma está agora penetrando
-Minha mãe, minha mãe, quanta grandeza
Morava num palácio -estranha Babilônia
Morena dos olhos pretos
Morrem no Azul saudades infinitas,
Morreste no campo um dia,
Muda, espectral, entrando as arcarias
Na antiga Roma, quando a saturnal fremente
Na calma irradiação das noites estreladas
Não a face do Cristo, a macilenta
Não me olhes assim, branca Arethusa,
Nas largas mutações perpétuas do universo
Nasceste no Brasil -filha d'América,
Nerah não brinca mais, não dança mais. -E agora
Nervosa Flor, carnívora, suprema,
Nesta Tebaida infinita
No alegre sol de então
No espadanar das espumas
Nos arminhos das nuvens do infinito
Nos ervaçais vibrou o sol agora,
Nos roseirais, ao vir da madrugada,
Nunca mais, nunca mais esses teus olhos
Ó Adalziza dos sonhos;
Ó Alzira, Alzira, Alzira,
O Boabdil mais doce que um carinho,
Ó cintilante Quiquia,
Ó Flora, ó ninfa das rosas,
O mar! O mar! Quem nunca viajasse...
O mármore profundo e cinzelado
Ó pérola nitente,
Ó pombas luminosas
O sol em fogo pelo ocaso explode
O véu da tarde cai pelas quebradas
O vosso lar harmônico e tranqüilo
Oh! não é bom rir-se de um morto -brusca
Olhos pretos, sonhadores
Ontem, à tarde, alguns trabalhadores,
Ontem, grande desgraça
Orgulho das raparigas,
Os meus amores vão-se mar em fora,
Os olhos das adoradas
Pálida, bela, escultural, clorótica
Parece que nasceste, oh! pálida divina,
Parece-me que a luz imaculada
Partimos muito cedo -a madrugada
Pastores e camponesas
Pedro traiu a fé do Apostolado.
Pelas bizarras, góticas janelas
Pelas esferas, nuvens peregrinas,
Pelos vales e colinas
Põe a tua alma francamente aberta
Pomba! dos céus me dizes que vieste,
Por entre campos de seara loura
Por estas manhãs sonoras
Por trás de uns vidros d'óculos opacos
Qual da amplidão fantástica e serena
Quando apareces, fica-se impassível
Quando do campo as prófugas ovelhas
Quando ele do Universo o largo supedâneo
Quando em outras remotas primaveras,
Quando eu partir, que eterna e que infinita
Quando eu te vi pela primeira vez no palco
Quando o duque voltava da caçada
Quando vens para mim, abrindo os braços
Que nostalgia vem das tuas vagas,
Quisera ser a serpe astuciosa
Rir! Não parece ao século presente
Rola da luz do céu, solta e desfralda
Rompeu-se o denso véu do atroz marasmo
Rosa -chamava-se a estrela
Rubras como gauleses arruivados,
São tantas as sementeiras
Se é certo que o amor é um bem profundo
Senhor de nobre alma, tão
Sente-se a extrema comoção do artista
Sob os ardentes sóis do fulvo Egito
Soberbo, branco, etereamente puro,
Sol, coração do Espaço que flamejas,
Sonhei que de astros no Infinito presa
Sonhei! Sempre sonhar! No ar ondulavam
Surge enfim o grande astro
Talvez alguém estes meus versos lendo
Talvez alguém estes meus versos lendo
Tens um olhar cintilante,
Teu coração de mármore não ama
Trago-a à tua presença
Tu trazes agora o peito
Tudo por ti resplende e se constela,
Um dia Guttemberg c'o a alma aos céus suspensa,
Um largo e lento vento dormente
Vai-se extinguindo a viva labareda
Vais partir, vais partir que eu bem te vejo
Vanda! Vanda do amor, formosa Vanda,
Vão pela estrada, à margem dos caminhos
Vão-se de todo os pardacentos nimbos...
Vejo-te, enfim, alegre e satisfeita.
Velha, velhinha, da doçura boa
Vens com uns tons de searas,
Vês este céu tão límpido e constelado
Vi-te crescer! tu eras a criança
Zulmira dos meus amores,